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Transoxiana 14
Agosto 2009
Index 14
ISSN 1666-7050

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Paulo sob investigação

A história da pesquisa e as questões atuais

Brian Gordon Lutalo Drumond Kibuuka1

Paulo é um autor cristão cuja importância é tão significativa que ele é considerado o “primeiro pensador teológico do cristianismo”.2 O fato do pensamento paulino não constituir uma repetição exata da pregação de Jesus, mas a pregação sobre Jesus segundo categorias próprias, é significativo. O kérygma paulino, caracterizado pelas afirmações de ser Jesus kýrios, que concede a salvação inaugurada na sua morte, ressurreição e elevação, tornou-se um importante testemunho dada a sua força em seus contextos proclamatórios. Ao mesmo tempo, o judaísmo de Paulo, manifesto nas categorias de justificação, eleição, graça etc. permitiu a conformação das suas idéias a respeito de Jesus em um corpo doutrinário coeso, coerente e facilmente transmissível aos contextos helenizados, marcados pela presença de judeus e pagãos. Tais inovações e conformações tornaram o pensamento paulino forte a ponto de se afirmar ser Paulo o verdadeiro fundador do cristianismo.3 A profundidade, abrangência e divulgação do evangelho paulino, assim como a biografia de Paulo, tiveram grande impacto na igreja, o que redundou na aceitação pela igreja de 13 cartas vinculadas ao seu nome.4

O interior da tradição paulina já revela a recepção do pensamento de Paulo, a sua reelaboração e a readequação num contexto mais institucionalizado e estratificado. As epístolas pastorais refletem tal desenvolvimento,5 sendo caracterizadas pelo constante apelo à tradição e ao pensamento de Paulo, e pela marcante presença de um corpo institucional que administra e/ou serve as comunidades (presbíteros, diáconos e viúvas).6

O livro de Atos dos apóstolos é um testemunho importante da relevância de Paulo nas comunidades cristãs presentes em ambiente citadino e helenizado. O autor de Atos reserva a maior parte do conteúdo do seu livro para narrar a atividade missionária, a pregação, as perseguições e as prisões de Paulo. Tal narrativa permite perceber a importância que a atividade paulina teve e continuava tendo nas comunidades que ele fundou ou que foram influenciadas por sua vida e pregação, bem como manifesta a relação de Paulo com outros apóstolos e presbíteros.7

O fim do século primeiro, por sua vez, manifesta um segundo estágio na história da recepção de Paulo. Duas menções distintas de leitura e interpretação do pensamento paulino são proporcionadas. A primeira está no interior do cânon e em oposição a Paulo: é a menção do tema da justificação em Tg 2.14-16, que “é simplesmente inconcebível sem a atividade de Paulo precedendo-a”.8 A segunda, também presente no cânon, é a referência ao pensamento paulino em 2 Pe 3.15s.9

Os pais apostólicos também foram influenciados pelo pensamento paulino.10 A carta à igreja de Corinto enviada por Clemente Romano no limiar do primeiro século faz referências diretas ao apóstolo que já havia dirigido cartas à essa comunidade,11 além de fazer alusões à maioria das cartas paulinas.12 Nas suas cartas, Inácio faz referência e alusões às cartas paulinas.13 A carta de Policarpo de Esmirna tem referências constantes a carta de Paulo aos Filipenses, além de referências às fórmulas pístis próprias de Paulo em 3.2; 6.3; e 11.2.14

A existência de textos apócrifos que tem Paulo como personagem principal também é uma evidência importante para a compreensão da recepção do texto paulino. Nos Acta Pauli, as narrativas de colorido mítico e as temáticas gnósticas inserem mais o personagem Paulo do que o pensamento paulino.15 Tal dado revela o fato de que Paulo foi lido e relido, a ponto de tornar-se uma referência para grupos díspares e de diversos lugares, a ponto do apóstolo se tornar o herói das narrativas, um milita Christi.16 A terceira Epístola aos Coríntios, por sua vez, é uma reação ortodoxa diante das leituras místicas feitas pelos gnósticos das outras epístolas paulinas. É também oposta aos Acti Pauli, já que rebate a compreensão de auto-batismo (no texto apócrifo Tecla, discípula de Paulo, batiza a si mesma), de intervenção por poderes mágicos e de sugestões de necessidade de iniciação.17

Textos da Igreja Antiga também fornecem evidências para que se compreenda a importância das cartas paulinas desde o segundo século O cânon de Muratori, pertencente ao final do segundo século, relaciona João e Paulo quanto ao ato de enviar cartas às comunidades, enviando missivas para Corinto, Éfeso, Filipos, Colossos, na Galácia e para Roma. Já Cipriano escreveu em meados do século III a obra Testimonia, em que afirma que Paulo escreveu para sete igrejas, porque Deus fez o mundo em sete dias (I.20). Por sua vez, Vitorino escreveu no início do século IV, em seu comentário ao Apocalipse, que Paulo escrever para Roma, Corinto, para a Galácia, para Éfeso, Tessalônica, Filipos e Colossos. Dahl afirma que tais textos têm mostrado uma combinação do argumento da catolicidade com a tradição judaica, expressa na constante menção ao número 7 (sete).18 Tal combinação revela parcialmente que a razão para a compilação e disseminação do texto paulino estava na aceitação da apostolicidade do mesmo, fator que o tornava autoritativo no contexto da Igreja Antiga.

A dificuldade na compreensão dos textos paulinos, somado aos conflitos políticos entre grupos de tendência gnóstica e os defensores da tradição mais antiga e da sucessão apostólica, deram origem a divergências quanto à extensão do cânon e sobre a prevalência de tradições no interior do mesmo. Destaca-se entre os grupos divergentes aquele ligado a Marcion, que no século III propôs a adoção de um cânon anti-judaico, contendo apenas 10 epístolas de Paulo e o evangelho de Lucas, excluídas deste as alusões ou citações ao Antigo Testamento. Harnack afirma que o problema na interpretação de Paulo fez com que a adesão ao pensamento do apóstolo por entusiastas das suas doutrinas místicas e de liberdade fosse rechaçada pelo grupo cristão majoritário.19 Head também afirma que a escolha de epístolas de Paulo, feita mediante a exclusão de parte das suas cartas, no caso, as pastorais, revelam certo conhecimento de variações no interior da tradição paulina, bem como a existência de um corpus paulinum na igreja de Roma.20

Irineu (Adversus Haeresis) e os textos de Nag Hammadi trouxeram à luz a reverência dos gnósticos ao pensamento paulino, que foi relido segundo princípios místicos e espiritualizantes na tradição manuscrita dos grupos divergentes, culminando na consideração de ser Paulo a fonte primária da teologia gnóstica.21 O Evangelho de Filipe, texto gnóstico atribuído a Valentiano, apresenta citações e alusões a Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas, Filipenses – ao mesmo tempo em que rejeita as epístolas pastorais, provavelmente pela ausência em tais documentos dos temas relacionados ao gnosticismo, e pela pressuposição em tais textos de uma igreja institucionalizada, não mais marcadas por carismas, mas por ofícios.22 Alguns grupos gnósticos tinham tradições que os ligavam diretamente ao apóstolo Paulo – por exemplo Valentiano, que se dizia discípulo de Teudas, que havia sido discípulo do apóstolo.23 Irineu de Lião, em oposição aos gnósticos, refuta seus critérios interpretativos sugerindo uma regra de fé ortodoxa (Adv. Haer. I.10.1), a partir da qual a interpretações equivocadas do pensamento paulino são refutadas mediante o cerceamento da atribuição de sentidos elevados onde o sentido é óbvio.24

O pensamento de Paulo também tem grande importância na tradição patrística. A controvérsia com os grupos adversários tornou a interpretação da Bíblia uma atividade importante para a ortodoxia na patrística. Orígenes de Alexandria propôs, no século III, as bases para a análise das cartas paulinas: ele indicou a origem dos escritos (exceto 1 e 2 Timóteo) e criou um método de análise a partir da antropologia paulina: carnal, espiritual ou psíquica.A própria teologia de Orígenes tinha por centro o texto de Fl 2.6-11: esvaziamento, humilhação, submissão, restituição e manifestação do amor de Deus.25

No século IV, João Crisóstomo escreveu um comentário de Gálatas, além de vários sermões sobre outras cartas de Paulo. Os princípios de interpretação de Crisóstomo são histórico-gramaticais, com o objetivo de estabelecer aplicações éticas.26 No fim do século IV, Jerônimo, o tradutor da Vulgata, não é diretamente influenciado pelo pensamento paulino, mas escreveu sobre um comentário sobre Gálatas, provavelmente sob a influência de Orígenes. Jerônimo aconselha a necessidade de se fazer leituras exegéticas, preservando a tradição interpretativa da igreja.27

Agostinho, ao contrário de Jerônimo, foi fortemente influenciado pela teologia paulina. Além disso, Agostinho via com bons olhos a análise alegórica, a utilizada por Ambrósio, seu mentor e tutor.Mas Agostinho também considerava válidas as análises históricas e tipológicas. Os critérios de interpretação de Agostinho, presentes na obra De Doctrina Christiana, são a chave para entender sua leitura dos temas teológicos paulinos, além do fato que Agostinho não conhece o grego, nem o hebraico.28 Dentre as interpretações mais importantes de Agostinho, que constituem a chave do seu sistema teológico, está a sua leitura de Rm 5.12, a partir de que afirma que “in quo omnes peccaverunt” (em que todos pecaram). A partir daqui, Agostinho interpreta a questão do mal mediante leituras particulares, muitas vezes alegóricas e eclesiais, com forte teor cristocêntrico.29 Tal configuração é fundamental para que a leitura de Agostinho seja reassumida na Reforma e se afirme a justificação pela fé, pois seus comentários sobre Rm 7.7-25 e Rm serão fundamentais para extração dos temas fundamentais da confissão protestante: sola scriptura, solo christus, sola fides e sola gratia.

A Idade Média é marcada pela influência crescente da Vulgata Latina, concomitante à perda de influência e disseminação dos textos hebraicos e gregos. Juntamente com a versão latina e seus pressupostos jeronimonianos, as tradições dos pais também foram assumidas como autoritativas, ao lado do próprio texto bíblico. O método hermenêutico de então era coerente aos novos recursos, fontes e motivações: a análise literal, alegórica, moral e anagógica, com o objetivo de promover os valores cristãos era somada à leitura dos pais latinos e de traduções latinas de pais gregos como Orígenes e João Crisóstomo. Três pais em particular eram as fontes majoritárias: Ambrósio, bispo de Milão; Jerônimo; e Agostinho. A autoridade dos sacerdotes, a aceitação e disseminação do monasticismo e a dogmática presente nas decisões conciliares completavam o panorama medieval que norteava a leitura e interpretação de Paulo.30 O advento da escolástica representou a ascensão de uma nova autoridade interpretativa: os escritos de Tomás de Aquino sobre Paulo, que ultrapassam 700 páginas, unido à divulgação em círculos cada vez mais amplos da Catena, uma compilação de interpretações patrísticas.31

Desiderius Erasmus representa uma significativa mudança antes da eclosão do movimento Reformador, e uma mudança singular do panorama medieval dos estudos paulinos. Em 1499 ele visitou a Inglaterra e conheceu John Colet, grande conhecedor de Paulo, que analisava os textos paulinos segundo critérios literais, apelando ao idioma grego para tornar claro o sentido de textos obscuros.32 Tal método torna compreensível a escolha de Erasmus por promover uma edição do Novo Testamento grego.

Após Desiderius Erasmus, Martinho Lutero, bispo agostiniano e professor de exegese bíblica na Universidade de Wittenberg, afirmou a incapacidade humana de justificar-se do pecado, seguindo nisso o pensamento de Agostinho. Porém, a leitura de Romanos 1.17o fez pensar na possibilidade de salvação através da “justiça de Deus”. Tal reflexão o fez rejeitar o sistema de perdão e mérito mediante as indulgências, o que culminou em sua condenação formal na dieta de Worms, em 26 de maio de 1520.33 Contra Erasmus, porém, Lutero afirmou ser a vontade humana escrava do pecado (na obra De Servo Arbitrio), indicando ser a epístola aos Gálatas a sua “querida epístola”.34

O advento da Reforma com Lutero constitui um importante marco na análise das cartas paulinas. A partir de Lutero, a teologia da Reforma Protestante contrapôs à leitura medieval da pregação de Paulo as doutrinas paulinas da justificação pela fé, graça, eleição, glorificação, pecado, redenção, suficiência do sacrifício de Cristo e liberdade.35 Quanto a Calvino, ainda que ele não adotasse o pensamento paulino como principium canonitatis, assumiu a doutrina da justificação pela fé na divergência contra o catolicismo romano.36

A análise liberal das epístolas paulinas começou ainda no século XIX, com as pesquisas de Ferdinand Christian Baur. As obras principais de Baur sobre a tradição paulina são: Paulus der apostel Jesu Christi, de 1845 (traduzida para o inglês com o título Paul, Apostle of Jesus Christ, em 1876); The Church History of the First Three Centuries, de 1878; e Vorlesungen über Neutestamentliche Theologie, de 1864. O autor, fundador da chamada Escola de Tübingen, analisou os escritos paulinos sob o viés do historicismo supranaturalista, de influência hegeliana. Na obra Paulus der Apostel Jesu Christi, Baur parte da premissa que Paulo desenvolveu sua teologia na via contrária do cristianismo primitivo, ainda fortemente vinculado ao judaísmo. Para Baur, ao se aproximar historicamente o texto paulino com os aspectos conjunturais e contextuais do restante do cristianismo do primeiro século, ficam claras as distinções entre ambos. Baur, influenciado por Hegel, partiu do princípio de que havia uma contraposição de duas facções rivais no cristianismo primitivo: a primeira facção, representada pelos petrinistas (judaizantes), antepunha-se aos paulinistas (gentílicos). Este é o “partido de Cristo”, acusado pelos membros do partido de Pedro de não serem discípulos de Jesus (1 Co 1.12).37

Para Baur, o conflito entre os grupos divergentes era intenso, de forma que houve tentativas de mediação entre os partidos. Tais tentativas estão presentes em Tiago, 1 Pedro e 2 Pedro (principalmente 2 Pe 3.15), culminando numa síntese final: a teologia joanina. Ainda assim, o pensamento paulino perdurou, pois formulou o conceito de doutrina. Segundo Baur, “o conceito paulino de doutrina é o momento mais significativo no desenvolvimento histórico do cristianismo primitivo”.38

Outro tema tratado por Baur é o da autenticidade das epístolas paulinas. Para o autor, apenas Romanos, Gálatas, 1 Coríntios e 2 Coríntios são autênticas, já que é possível perceber claramente a distinção entre o cristianismo paulino e seus opositores. Quanto às pastorais, Baur afirma na obra Die sogenannten Pastoralbriefe, de 1835, que tais cartas não são autênticas quanto à sua autoria, pois representam a tentativa de afastamento da tradição gnóstica. Tais cartas, ao se referirem aos falsos cristãos, estariam mencionando os gnósticos dos tempos pós-apostólicos, ao mesmo tempo em que mantém a distância do cristianismo judaizante caracterizado pela estreiteza. Por fim, Baur entende ser a epístola aos Romanos uma epístola situacional, que enfatiza o fim do exclusivismo judaico. Logo, o centro da carta está em Rm 9-11.39

As investigações de Baur sobre as cartas paulinas duraram até 1847, quando o autor passou a se dedicar ao estudo dos evangelhos. Suas análises continuaram, porém, na escola de interpretação que gravitava em torno do importante professor: a Escola de Tübingen. Eduard Zeller, Karl Reinhold Köstlin, Albrecht Ritschl, Albert Schwegler, Karl Christian Planck, Adolf Hilgenfeld e Gustav Volkmar continuaram a unir a pesquisa histórica dos conflitos e oposições existentes no cristianismo do primeiro século e a interpretação de Paulo.40 Mas tais compreensões foram alvo de análise crítica pela chamada Escola de Cambridge, de J. B. Lightfoot, F. J. A. Hort, B. F. Westcott. Lightfoot, na conferência sobre a carta aos Gálatas, no Trinity College, em 1865, afirmou que a análise de Tübingen, além de artificial, era por demais histórica, esquecendo-se das particularidades do pensamento de Paulo e dos autores em questão, que não são diretamente advindos do contexto do discurso. O mesmo autor, na obra Dissertation on 'Saint Paul and the Three', afirma que a oposição dos judaizantes em relação a Paulo é importante, mas que pode ser analisada sem o recurso aos modelos históricos rígidos de oposição nos tempos apostólicos.41

A análise liberal continuou seu curso com as pesquisas K. Holsten,42 H. Lüdemann,43 O. Pfleiderer44 e principalmente H. J. Holtzmann. Holtzmann analisou os temas e motivos de Paulo segundo a antropologia grega, na obra Lehrbuch der neutestamentlichen Theologie, 1897. Para o autor, apenas a experiência pessoal de Paulo pode tornar mais claras as opções teológicas do mesmo. Tais opções, uma vez assumidas, são expressas mediante categorias gregas, que o influenciaram fortemente na formação de suas experiências e idéias. Para Holtzmann, Paulo assume temas gregos sem abdicar daqueles que são próprios à sua formação judaica, sendo o próprio apóstolo uma síntese entre os dois modos de pensar. Assim, ética e direito, idealismo e realismo, paradoxos aparentemente irreconciliáveis fazem parte do pensamento do mesmo autor, tornando seu evangelho peculiar, único, singular.45 Segundo Holtzmann, em lugar de um abismo entre Jesus e Paulo, o que há na verdade é uma transposição do pensamento de Jesus para o mundo grego a partir de um vetor fortemente influenciado pela mensagem cristã.46 Tal transposição se dá devido à separação, na pesquisa liberal de Holtzmann, entre a teologia e a religião, sendo a religião de Paulo ético-mística, vinculada à forte experiência interior de Damasco;47 e a teologia seria a expressão metafísica com vistas a alcançar os seus interlocutores gregos.48

A análise liberal de Paulo foi criticada por W. Wrede na obra Paul, de 1904. Segundo Wrede, a dicotomia religião/teologia deve ser superada, pois a segunda é expressão adequada da primeira. A respeito de Paulo, a teologia é uma cristologia, tendo por centro a redenção executada pelo Cristo.49 Tal redenção e sua consumação são narradas em termos mitológicos e judaicos, aplicados por Paulo a Jesus sem a consciência de que tais pressuposições modificavam de forma significativa a figura histórica de Jesus.50 Para Wrede, a diferença entre Jesus e Paulo é tão significativa que ele afirma: “daquilo que para Paulo é tudo, Jesus nada sabe”.51

A transição do século XIX para o século XX marca uma mudança significativa na história da pesquisa de Paulo: a análise liberal cede espaço à religionsgeschichtliche das epístolas paulinas, trazendo consigo a pesquisa das verossimilhanças entre os temas paulinos e aqueles que faziam parte das religiões pagãs do seu contexto. Os historiadores e filólogos F. Cumont,52 A. Dieterich53 e R. Reitzenstein54 foram influências importantes para a análise comparativa dos atos sacramentais das religiões de mistério, o judaísmo e demais religiões pagãs e o cristianismo. Em 1912, W. Heitmüller, em sua investigação sobre os grupos distintos pertencentes ao cristianismo primitivo a partir da comparação entre religiões, afirmou existir uma terceira expressão do cristianismo primitivo para além das propostas pela Escola de Tübingen, as quais tinham certa aceitação até o início do século XX. Heitmüller defendia a existência da comunidade primitiva palestinense, do cristianismo paulino propriamente dito e do chamado “cristianismo helenista”.55 O cristianismo helenista, radicado em Antioquia, evidenciaria a transição cultural e teológica que permitiria uma melhor caracterização da transição paulina, representando a migração de um dos grupos (Paulo era fariseu) para o outro pólo (“apóstolo dos gentios”). Entre um em outro, Paulo experienciou o cristianismo helenista de Antioquia da Síria.

A partir do pensamento de Heitmüller, W. Bousset56 publicou, em 1908, a obra Kyrios, em que procura descrever o cristianismo helenista em termos de religião distinta do cristianismo palestinense. O autor, que já havia proposto uma reconstituição histórica de Paulo na obra Der Apostel Paulus, de 1906, procura em Kyrios descrever a comunidade de Antioquia como adoradora de um Senhor celestial, sendo os encontros eucarísticos ceias de mistérios.

Albert Schweitzer é outro importante teólogo bíblico, cuja pesquisa mais relevante é sobre o Jesus histórico, mas a esta segue uma importante contribuição sobre a interpretação de Paulo. Após a conclusão da obra Von Reimarus zu Wrede, em 1906, Schweitzer passou a escrever a respeito dos textos paulinos em oposição à pesquisa da religionsgechichtliche Schüle. O início das análises de Schweitzer a respeito de Paulo se dá quando o autor começa a lecionar sobre o ensino paulino a respeito do “estar em Cristo”.57 Em 1911, o autor publica a obra Geschichte der Paulinischen Forschung von der Reformation bis auf die Gegenwart. A obra é uma continuação da história da pesquisa crítica sobre a vida de Jesus exposta na obra de 1906, agora sob o ponto de vista da fé das comunidades primitivas, que assimilaram assuntos da teologia grega na mais antiga proclamação cristã.58

Schweitzer chama as categorias apropriadas da cultura grega de “misticismo”, e afirma que tal adaptação da proclamação apocalíptica jesuânica para o contexto grego tornou possível a sobrevivência do cristianismo em terras pagãs. Na obra Die Mystik des Apostels Paulus, de 1930, o autor afirma que tal procedimento feito por Paulo não apenas resguardou o cristianismo, mas modificou as tradições mais antigas advindas da Palestina, tornando-as mais assimiláveis para a utilização dos primeiros missionários cristãos.59

As pesquisas sobre as relações de Paulo com Jesus e a formação de um kérygma paulino com formas literárias peculiares e temas inovadores teve continuidade com R. Bultmann. Bultmann é o mais importante acadêmico de teologia bíblica do século XX. A primeira obra de Bultmann sobre o pensamento paulinoé Der Stil der paulinischen Predigt und die kynisch-stoische Diatribe, publicada em 1910. Nessa, Bultmann discute formalmente as diatribes paulinas, iniciando assim as suas incursões na Formsgeschichte. Para Bultmann, a pregação de Paulo utiliza formas literárias dos filósofos cínico-estóicos, sendo a diatribe uma delas.60 Após a publicação por Barth de Der Römerbriefe, Bultmann recebe bem a teologia dialética, estabelecendo correspondência com o autor suíço.61

Bultmann passou a publicar a partir do final da década de 1920, obras sobre a relação entre o kérygma de Jesus e Paulo. Em 1929, publicou The Significance of the Historical Jesus for the Theology of Paul, artigo em que Bultmann afirma que Paulo reflete indiretamente a tradição sobre o Jesus histórico, principalmente em sua ética, de forma que o ensino de Jesus, importante na tradição sinótica, é irrelevante e praticamente inexistente em Paulo.62 No artigo, o teólogo de Marburgo ainda afirmou que ambos, Jesus e Paulo, baseiam-se na lei: o primeiro, na lei do amor; o segundo, na situação do homem como pecador diante de Deus. Por sua vez, o artigo Jesus and Paul, publicado em 1936, continua a tratar da relação entre os dois principais personagens do cristianismo na concepção bultmanniana, juntamente com João.

A principal obra de Bultmann é a Teologia do Novo Testamento, publicada entre 1948 e 1953 em dois volumes. Na obra, Bultmann analisa o kérygma, enfatizando principalmente o pensamento e a teologia de Paulo, o que se vê pelo número de páginas dedicado ao tema. Bultmann oferece em sua magna opus uma detalhada análise filológica, uma coerente análise teológica e uma exposição a partir de questões a respeito da existência humana, tendo por base a filosofia existencial de Heidegger.

Bultmann assevera que há um ponto escatológico comum entre Jesus e Paulo: o apelo à decisão. Porém a teologia paulina, em sua cristologia e eclesiologia, é condicionada pela gnosis, assumindo por isso uma visão de mundo pessimista e uma tendência dualista que abrange todo o cosmos.63 Tal visão dualista funde mito e apelo à decisão; funde narrativas de caráter mítico e asseverações éticas.64 Sendo assim, o trabalho do intérprete moderno é demitologizar os conteúdos do kérygma paulino, para obter assim acesso ao conteúdo que serve à decisão e permite a vivência segundo a fé. As teses de Bultmann são muito importantes em meados do século XX, encontrando apoio em autores importantes como E. Haenchen, E. Käsemann,65 W. Schmitals,66 E. Fuchs,67 G. Bornkamm,68 P. Vielhauer69 e E. Bradenburger.70

As investigações de Bultmann geraram reações conservadoras e tentativas de ordenação cronológica a partir de um esquema evolutivo do pensamento de Paulo. C. H. Dodd, na obra The Apostolic Preaching and Its Developments, de 1936, aceitou a premissa de Bultmann de que a pregação de Paulo é escatológica. Porém Dodd afirmou ser escatologicamente relevante para Paulo a morte e ressurreição de Jesus, de forma que os conteúdos escatológicos formados a posteriori do evento crítico constituem uma escatologia realizada. Após a ressurreição de Cristo, todos os que nele estão partilham do milagre escatológico, de forma que os aspectos fundamentais da salvação têm relação com o presente. Tal pensamento é distinto de Bultmann, pois este pretende acentuar a antropologia paulina a ponto de ver nos demais conteúdos, até nos escatológicos, questões humanas.

As pesquisas de Sabatier,71 Machen,72 Mundle,73 C. H. Dodd,74 Fascher,75 Davies,76 Brunot,77 Schoeps78 e Amiot79 chegaram a conclusão que o pensamento paulino, longe de ser monolítico, apresenta variação significativa, podendo ser dividido em etapa das Epístolas aos Tessalonicenses: etapa em que o pensamento paulino estava concentrado nas ênfases da tradição mais antiga, a tradição escatológica; etapa das grandes epístolas, oportunidade na qual o encontro com o helenismo exigiu a adaptação por parte de Paulo, que procurou tratar dos temas da libertação da Lei e dos princípios éticos pelas listas e lições morais. E, por fim, a etapa das Epístolas do Cativeiro, em que Paulo se concentra no tema da revelação do mistério de Cristo.80

A Nova Perspectiva Sobre Paulo (NPP)81 é uma proposta de mudança na leitura dos textos paulinos segundo os critérios tradicionais dos autores Protestantes, particularmente Lutero e Calvino, que analisam a teologia paulina como expressão de uma soteriologia de natureza forense. Tal leitura também privilegia os textos paulinos em detrimento aos demais textos canônicos.82 E. P. Sanders foi o primeiro, na década de 1970, a chamar a atenção para o pensamento judaico de Paulo, na obra Paul and the Palestinian Judaism.83

A NPP tornou-se viável a partir da ruptura de certos consensos na descrição do judaísmo palestinense, particularmente aqueles que faziam parte da visão protestante tradicional, que de certa forma foi perpetuada nas pesquisas posteriores.

A soteriologia protestante tem ligações muito estreitas com a "teologia paulina" e a anteposição desta com o judaísmo. Tal fissura explica a divisão, no protestantismo tradicional entre fé e obras, lei e evangelho, judeus e gentios. Porém, tais dicotomias remontam à categorização do judaísmo feita no período medieval tardio. Os Reformadores aceitaram acriticamente tais categorizações e vincularam os conceitos negativos atribuídos aos judeus também aos católico-romanos.84

A descrição artificial a respeito do judaísmo perdurou praticamente intocada durante três séculos, encontrando, porém, uma sistematização no texto de F. Weber, intitulado System der altsynagogalen palastinensischen Theologie, de 1880.85 O texto de Weber tornou-se a base de consulta de biblistas influentes como E. Schürer, na obra Geschichte des jüdischen Volkes im Zeitalter Jesu Christi, de 1901; e W. Bossuet na obra , de 1906.

A reconstituição do kérygma primitivo foi empreendida por R. Bultmann. Porém, na reconstituição do judaísmo do primeiro século, Bultmann consultou as obras de Bossuet, Schürer que, entre outros, retomavam as conclusões de Weber. O resultado final foi a manutenção do esquema artificial que, desde a Reforma, pauta a investigação protestante, limitando-a a descrever Paulo como propagador de um anti-judaísmo programático.86

A superação do esquema de F. Weber começou a se dar com as contribuições de G. F. Moore e C. G. Montefiore. G. F. Moore demonstrou que as fontes citadas por Weber eram, em grande parte, textos cristãos com teor anti-judaico, e que a religião de legalismo que Weber expôs não corresponde ao judaísmo do primeiro século. Seu texto clássico, intitulado Judaism in the First Centuries of the Christian Era: The Age of Tannaim, de 1927, representa uma importante crítica ao consenso formado em torno de Weber. Quanto a Montefiore, o autor publicou a obra Rabbinic Literature and Gospel Teachings em 1930, em que questionava a abrangência das fontes citadas por Weber e a leitura que o mesmo fazia de tais fontes.87

A crítica a tais equívocos na leitura de Paulo continua a ser feita por E. P. Sanders na obra Paul and Palestinian Judaism, de 1977. Na obra, Sanders identifica a exposição equivocada do judaísmo nas obras que foram consultadas por expositores do pensamento paulino. E em sua reconstituição do judaísmo palestinense, o autor afirma que este não era, no primeiro século, uma religião de obras, feitas para a obtenção da aprovação por Deus e entrada no pacto. Para comprovar tal idéia, recorre à literatura Tanaítica, aos Manuscritos do Mar Morto e aos Apócrifos e Pseudepígrafos. Em suas conclusões, Sanders afirma que o judaísmo da época de Paulo compreendia a salvação como eleição e pacto, resultado da escolha de Deus por Israel. A lei observada pelos judeus era praticada para a manutenção da relação pactual com Deus, e não para a entrada no pacto. Sendo assim, o tema da paulino da justificação é um tema extraído da leitura judaica da Torá, e não oposto ao judaísmo da época.88 O nome dado por Sanders relação entre a eleição e a obediência à lei é “nomismo pactual”, pois o centro de toda a vida judaica consistia no pacto gracioso de Deus com o povo, sendo a lei o caminho de Deus com o mesmo, a manifestação da relação pactual entre ambos.89

E. P. Sanders destaca que a idéia de justificação é própria da teologia judaica, não sendo porém mero ato judicial. Com tais comentários, Sanders tece críticas ao Theologisches Worterbuch zum Neuen Testament editado por Gerhard Kittel, afirmando que os conceitos de "obras" e justificação da obra não encontram respaldo no pensamento de Paulo ou no judaísmo com que Paulo dialoga. 90 Fazendo assim, Sanders objeta a interpretação tradicional das obras da lei em Gálatas e Romanos, afirmando que tais foram mal compreendidas.

Sanders teve por antecessor J. D. G. Dunn, que contribui porém à pesquisa afirmando que Paulo compreendia a si mesmo como chamado (e não como convertido), de forma que assim ele se diferenciava dos gentios que aderiram às comunidades paulinas (1 Ts 1.9-10). Quanto às obras da lei, Dunn cita os textos de Qumran para afirmar que tal temática é própria do judaísmo da época, sendo uma referência à circuncisão (Gl 2.3,7-9,12; 5.2), ao calendário religioso (Gl 4.10) e à observância das leis alimentares (Gl 2.12-14). Assim, são demarcadores de fronteiras entre judeus e pagãos.91 Dunn destaca que o contexto social e histórico são insígnias do judaísmo, mas não percursos soteriológicos fechados. Sendo assim, Paulo entenderia que tais podem ser abdicadas devido ao fato de que a tradição bíblica veterotestamentária já prevê a redenção dos gentios.92

N. T. Wright é o terceiro autor de grande importância na NPP. Para ele, Paulo é o "patrono" de uma fé judia, cujas "fronteiras" são abolidas devido aos desígnios divinos para os judeus – e entre tais fronteiras, estão as obras da lei. Nisto, ele segue Stendhal, que afirmava serem os gentios, após Jesus, considerados por Paulo “parte da comunidade messiânica”.93 A teoria mais polêmica de Wright diz respeito ao seu pensamento sobre a justificação: para ele, a justificação é o coração do evangelho, significando no pensamento do apóstolo um ato pactual que reflete a crença em Deus (e não tanto a misericórdia divina). Assim, também há uma dimensão escatológica no conceito, implicando no passado, presente e futuro daquele que adere à comunidade messiânica.94

Os três autores são indispensáveis à presente pesquisa, por trabalharem com a reinterpretação dos conceitos paulinos a partir da reconstrução dos contextos e da análise das fontes judaicas. Sendo assim, tal pesquisa será indispensável para o desenvolvimento da pesquisa, principalmente porque a NPP, ainda que tenha rediscutido os conceitos soteriológicos de Paulo, não operacionalizou a investigação quanto às personificações do mal na tradição paulina.

Deve-se considerar também relevante na investigação a obra de William S. Campbell, um importante autor cujos refinamentos e correções de rumo à "Nova Perspectiva sobre Paulo" foram bem aceitos entre os estudiosos da tradição paulina. Crítico de Kim, Thompson e Gathercole,95 Campbell acentua o contexto paulino e a própria construção da identidade intracomunitária nas comunidades fundadas e atendidas por Paulo.96

A NPP não ficou isenta de críticas também pelos grupos mais conservadores. É possível afirmar, a partir da crítica de T. Eskola, que a idéia de "nomismo pactual" precisa de revisão, para que não se torne um mero "nomismo legalista", de natureza sinergista e reducionista, construída a partir da submissão da soteriologia à sociologia.97 Tal crítica foi amplificada por D. A. Carson, P. O"Brien e M. A. Seifrid, que na obra Justification and Variegated Nomism criticaram a reconstrução do contexto de Paulo pelos teóricos da NPP, além de analisarem exegeticamente Rm 1.18-3.20; 5-11, a Epístola aos Gálatas, a antropologia paulina, a doutrina da justificação e a doutrina da graça.98

M. F. Bird, por sua vez, demonstrou que o problema principal para Paulo não era o legalismo, mas a aceitação dos gentios pelos judeus nas comunidades.99 O autor procura encontrar um ponto de contato entre os chamados por ele "Reformados" e "Revisionistas", de forma a permitir que os aspectos radicais da NPP sejam harmonizados com a radicalidade própria do pensamento Reformado de Lutero e Calvino.100 Por sua vez, a análise de Romanos feita por B. Byrne questiona a superficialidade do tratamento da questão do pecado humano pelos teóricos da NPP, pois tal tratamento não corresponde à intensa exploração do tema da alienação entre homem e Deus na maior parte de Romanos.101 Percebe-se pela seguinte amostragem crítica que as premissas da NPP, ainda que eficientes para reconstituição do testemunho paulino em seu contexto, precisa ser vislumbrada em conjunto com as críticas dos autores supracitados, e cruzada com outros métodos que a fortaleçam.

A análise arqueológica é um importante recurso na NPP, cujo desenvolvimento contribuiu para a mudança de paradigma na reconstrução das sociedades da Antigüidade, incluindo aquela da qual faziam parte as comunidades paulinas. Um dos principais representantes de tal análise é Jerome Murphy-O'Connor, professor de Novo Testamento na École Biblique of Jerusalem desde 1967. Especialista em arqueologia, publicou St. Paul"s Corinth: Texts and Archaeology, obra em que faz uma reconstituição arqueológica de Corinto.102 Sobre o mesmo assunto, investigando Éfeso, Murphy-O'Connor publicou St. Paul's Ephesus: Texts and Archaeology, apresentando evidências arqueológicas e a história dos anos de Paulo na cidade.103 O autor também colocou sob suspeita o valor do material disponível em Atos em Paul: A Critical Life.104 Por fim, cabe destacar que na obra Paul the Letter-Writer: His World, His Options, His Skills, questões contextuais são relacionadas às questões expressas nas cartas paulinas.105 A análise arqueológica, porém, carece de complementação, pois os dados gerados por tal análise exige interpretação. Tal se dá, po exemplo, pela pesquisa de S. E. Porter e sua análise arqueológico-cultural;106 ou Y. S. Kim e a análise que relaciona as metáforas e os contextos políticos.107

Quanto à análise retórica, tal análise consiste num novo ponto de observação no já multifacetado panorama dos estudos paulinos. Tal análise é recente, mas é levada a termo por J. P. Sampley e P. Lampe na obra Paul and Rhetoric.108

Por fim, cabe mencionar a interessante escola nórdica, desconhecida pela maior parte dos estudiosos do Novo Testamento. A publicação de Nordic Paul: Finnish Approaches to Pauline Theology em Agosto de 2008 permitirá a um círculo mais amplo de leitores o acesso às pesquisas nórdicas.109

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Notas

1 O autor é professor de Novo Testamento e coordenador do Departamento de Teologia Bíblica do Novo Testamento da Faculdade Wittenberg.

2 KÜMMEL, W. G. Síntese teológica do Novo Testamento: de acordo com as testemunhas principais – Jesus, Paulo, João. São Paulo: Teológica, 2003.

3 BORNKAMM, G. Paulo: vida e obra. Petrópolis: Vozes, 1992. p. 146.

4 GOPPELT, L. Teologia do Novo Testamento. São Paulo: Paulus, 2003. p. 291-292.

5 As epístolas pastorais são as duas cartas a Timóteo e a carta a Tito. Tal designação foi feita pela primeira vez por D. N. Bardot a Tito, no ano de 1703; e por P. Anton na obra Exegetische Abhandlungen der Past. Pauli (1753/1755). Ver: KÜMMEL, W. G. Introdução ao Novo Testamento. São Paulo: Paulinas, 1982. p. 481.

6 Tais evidências são consideradas suficientes para que autores conservadores, como J. Schmid e Winkenhauser considerem as epístolas não-paulinas. Ver: VIELHAUER, P. História da literatura cristã primitiva. Santo André: Academia Cristã, 2005. p. 247. As primeiras dúvidas quanto à autoria paulina das pastorais foram lançadas por J. E. C. Schmidt, endossadas por F. Schleiermacher e expostas ordenadamente por H. J. Holtzmann na obra Die Past, kritisch und exegetisch bearbeit de 1880. Desde então, elas são constantemente tratadas ao menos como epístolas que representam uma mentalidade mais tardia, dotadas de particularidades que a aproximam de cartas do segundo século como a carta de Policarpo de Esmirna aos Filipenses. Ver: CAMPENHAUSEN, H. Von. Policarpo von Smyrna und die Pastoralbriefe. In: Aus der Frühzeit des Christentums. Tübingen: J. C. B. Mohr, 1963. p. 197-199.

7 Afirma-se isso sem contudo afirmar que as cartas de Paulo estavam disseminadas nas comunidades cristãs. O autor de Atos em nenhum momento utiliza as epístolas paulinas, o que ao menos pressupõe que o conjunto das cartas de Paulo ainda não tinha circulação corrente nas comunidades primitivas. Sobre isso, ver: BORNKAMM, G. Paulo: vida e obra. Petrópolis: Vozes, 1992. p. 22.

8 KÜMMEL, W. G. Introdução ao Novo Testamento. São Paulo: Paulinas, 1982. p. 538.

9 Tal referência é importante porque é uma evidência da autoridade de Paulo no segundo século. A referência direta ao pensamento paulino demonstra como ele se tornara importante e era fundamental aos autores que escreviam sob pseudônimos apelassem à tradição. Idem, p. 565.

10 LINDEMANN, A. Paul in the Writings of the Apostolic Fathers. In: BABCOCK, W. S. Paul and the Legacies of Paul. Dallas: Southern Methodist University Press, 1990. p. 25-45.

11 A primeira carta de Clemente menciona o martírio de Paulo (1 Cl 5.2-7) e menciona os conflitos ocorridos na comunidade na época “do saudoso apóstolo Paulo”(1 Cl 47.1-3)

12 Segundo Hagner, o autor da carta aos coríntios conhece Romanos, 1 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, 1 Timóteo, revelando que o corpus paulinum já era conhecido no final do primeiro século. Ver: HAGNER, D. A. The Use of the Old and New Testaments in Clement of Rome. Leiden: E. J. Brill, 1973. p. 237.

13 Segundo Vielhauer, Inácio “conheceu com certeza Romanos, 1 Coríntios e Gálatas”. VIELHAUER, P. História da literatura cristã primitiva. Santo André: Academia Cristã, 2005. p. 578. Tais alusões estão nas seguintes cartas de Inácio: aos Efésios (12.2) e aos Romanos (4.3).

14 Fórmulas pístis são aquelas que se referem ao “evento salvífico fundamental que é o conteúdo da 'fé', como, aliás, todas as três estão associadas aos termos técnicos pisteu/ein/pi/stij”(idem, p. 43).

15 BAUCKHAM, R.. The Acts of Paul as a Sequel to Acts. In: WINTER, B. W. and CLARKE, A. D. The Book of Acts in Its Ancient Literary Setting. Grands Rapids: Eerdmans, 1993. pp. 105-152.

16 VIELHAUER, P. História da literatura cristã primitiva. Santo André: Academia Cristã, 2005. p. 729.

17 Para uma análise do texto como reação aos escritos gnósticos, ver: HOVHANESSIAN, V. Third Corinthians: Reclaimnig Paul for Christian Orthodoxy. New York: Lang, 2000. Já para a análise da obra em suas relações com os Atos de Paulo, ver: LUTTIKHUIZEN, G. The Apocryphal Correspondence with the Corinthians and the Acts of Paul. In: BREMMER, J. N. (ed.) The Apocryphal Acts of Paul and Thecla. Kampen: Kok Pharos, 1996. p. 75-91.

18 DAHL, N. A. The Particularity of the Pauline Epistles as a Problem in the Ancient Church. In: CULLMANN, O. (ed.) Neotestamentica et Patristica. Leiden: Brill, 1962.

19 HARNACK, A. Marcion and the Marcionite Churches. In: History of Dogma. London: Williams and Norgate, 1894-1899. Vol. 1, p. 89.

20 HEAD, P. M. The Foreign God and the Sudden Christ: Theology and Christology in Marcion"s Gospel Redaction. In: Tyndale Bulletin, 44, 1993. p. 307-321.

21 Ep. Rheginos , 45.24

22 PAGELS, E. The Gnostic Paul: Gnostic Exegesis of the Pauline Letters. Philadelphia: Fortress Press, 1975. p. 1-12.

23 CLEMENTE, Strom., VII.17.

24 NORRIS, R. A. 'Irenaeus' Use of Paul in His Polemic Against the Gnostics. In: BABCOCK, W. S.(ed.). Paul and the Legacies of Paul. Dallas: Southern Methodist University Press, 1990. p. 79-98.

25 CLEMENTS, R. (Re)Constructing Paul: Origens Readings of Romans in Peri Archōn. Society of Biblical Literature - Seminar Papers, 2001. p. 151-174.

26 MITCHELL, M. M. The Heavenly Trumpet: John Chrysostom and the Art of Pauline Interpretation. Tübingen: Mohr Siebeck, 2000. p. 24.

27 SCHATKIN, M. A. Influence of Origen upon St. Jerome's Commentary on Galatians. In: Vig. Chr., 24, 1970. p. 49-58.

28 MARGERIE, Bertrand de. An Introduction to the History of Exegesis. Vol. 3: Saint Augustine. Petersham: St. Bede"s Publications, 1995. p. 12.

29 Para a análise dos critérios interpretativos de Agostinho, ver: VAN FLETEREN, Frederic. Augustine's Principles of Biblical Exegesis. In: August. Stud. 27, 2, 1996. p. 107-128.

30 FARRAR, A. History of Interpretation. London: Macmillan, 1886. p. 248, n. 5.

31 ROGERS, E. Paul as Professor of Theology: The Image of the Apostle in St Thomas' Theology'. In: The Thomist, 38, 1977. p. 584-605.

32 O'KELLY, B. and JARROTT, C. A. L. John Colet's Commentary on First Corinthians: A New Edition of the Latin Text, with Translation, Annotations, and Introduction. Birmingham: MandRTS, 1985. p. 27.

33 MCGRATH, A. Luther's Theology of the Cross: Martin Luther's Theological Breakthrough. Oxford : Oxford Press, 1985. p. 38.

34 LUTHER, M. Lectures on Galatians, 1519, Capítulos 1-6. In: PELIKAN, J. Luther's Works. Saint Louis: Concordia, 1955-1976; 55 vols; vol. 27, pp. 151-410.

35 BAKKER, J. T. Eschatologische Prediking bij Luther. Kampen: Kok, 1964.

36 BERKOUWER, G. C. Faith and Justification . Grands Rapids: Eerdmans, 1954. p. 72-74.

37 BAUR, F. C. Die Christuspartei in der korinthischen Gemeinde, der Gegensatz des paulinischen und petrinischen Christentums in der ältesten Kirche, der Apostel Petrus in Rom. In: Tübinger Zeitschrift für Theologie 4, 1831. p. 61-63.

38 BAUR, F. C. Vorlesungen über neutestamentliche Theologie. Tübingen: Ludwig Friedrich Fues, 1864. p. 129.

39 BAUR, F. C. über Zweck und Veranlassung des Römerbriefs. In: Tübinger Zeitschrift für Theologie, 9, 1836.

40 Para mais informações sobre a Escola de Tübingen, ver: HARRIS, H. The Tübingen School: A Historical and Theological Investigation of the School of F. C. Baur. Oxford: Oxford University Press, 1975.

41 Paul the Apostle of Jesus Christ, His Life and Work, His Epistles and His Doctrine. A Contribution to a Critical History of Primitive Christianity. 2 Vol. London: A. Menzies, 1873 [rev. 1876] and 1875.

42 HOLSTEN, K. Das Evangelium des Paulus. Vol. I-II. Berlin: Reimer, 1880, 1898. A análise racionalista e psicológica de Holsten foi também aplicada no relacionamento entre os temas da teologia de Paulo e a sua conversão no artigo Das Christusvision des Paulus und die Genesis des paulinischen Evangeliums, publicado em ZWT em 1861 e republicado no livro Zum Evangelium des Paulus und des Petrus. Rostock: Stiller, 1868.

43 LÜDEMANN, H. Die Anthropologie des Apostels Paulus und ihre Stellung innerhalb seiner Heilslehre. Kiel: Universitätsverlag, 1872.

44 PFLEIDERER, O. Paulinism: The Contribuition to the History of Primitive Christian Theology . London: Williams and Norgate, 1891.

45 HOLTZMANN, H. J. Lerhbuch der neutestamentlichen Theologie. Freiburg: Leiden, 1897. p. 256-257.

46 RIDDERBOS, Herman. A teologia do apóstolo Paulo: a obra definitiva sobre o pensamento do apóstolo dos gentios. São Paulo: Cultura Cristã, 2004. p. 18.

47 HOLTZMANN, H. J., idem, p. 256-257.

48 Idem, ibidem. p. 76-78.

49 WREDE, W. Paulus: Religionsgeschichtliche Volksbücher für die deutsche christliche Gegenwart. Halle: Gebauer-Schwetschke,1904 . p. 103-104.

50 Idem, ibidem. p. 95.

51 Idem, ibidem. p. 103.94.

52 CUMONT, F. Les religions orientales dans le paganisme modern: conférences faites au Collège de France. Paris: Leroux, 1906.

53 DIETERICH, A. Eine Mithrasliturgie. Leipzig: Teubner, 1903.

54 REITZENSTEIN, R. Poimandres: zur griechisch-ägyptischen und frühchristlichen Literatur. Leipzig: Teubner, 1904. Ver também: idem, Die hellenistischen Mysterienreligionen: Ihre Grundgedanken und Wirkungen. Leipzig: Teubner, 1910.

55 HEITMÜLLER, W. Zum Problem Paulus und Jesus. In: Zeitschrift für Neutestamentliche Wissenschaft und die Kunde der älteren Kirche, 13, 191. p. 320-337.

56 BOUSSET, W. Kyrios Christus: Geschichte des Christusglaubens von den Anfängen des Christentums bis Irenaeus. Göttingen: de Gruyter, 1913. p. 75-104.

57 SCHWEITZER, A. My Life and Thought: An Autobiogrpahy [from Aus Meinem Leben und Denken (Leipzig: Felix Meiner, 1931). London: George Allen and Unwin Ltd., 1933. p. 142.

58 SCHWEITZER, A. Geschichte der Paulinischen Forschung von der Reformation bis auf die Gegenwart. Tübingen: Mohr, 1911.p. v.

59 SCHWEITZER, A. Die Mystik des Apostels Paulus. Tübingen: Mohr, 1930.

60 BULTMANN, R. Der Stil der paulinischen Predigt und die kynisch-stoische Diatribe. Göttingen: Vandenhoeck and Ruprecht, 1 910. p. 107.

61 JASPERT, B. (ed.) Karl Barth - Rudolf Bultmann Letters 1922-1966. Grand Rapids: Eerdmans, 1981.

62 BULTMANN, R. The Significance of the Historical Jesus for the Theology of Paul. In: Faith and Understanding. London: SCM, 1969. p. 220-246.

63 BULTMANN, R. Primitive Christianism in Its Contemporary Setting. London: Thames and Hudson, 1956.

64 BULTMANN, R. Kerygma and Mith: a Theological Debate . New York: Harper and Row, 1953. p. 19-21.

65 KÄSEMANN, E. Kritische analyse von Phil 2.5-11. In: Exegetische Versuche und Besinnungen, I, 1960. p. 69-71.

66 SCHMITALS, W. Gnosticism in Corinth: An Investigation of the Letters to the Corinthians. Nashville: Abingdon Press, 1971. p. 87-89.

67 FUCHS, E. Die Freiheit des Glaubens, Römer 5-8 ausgelegt. München: Kaiser, 1949. p. 18-21.

68 BORNKAMM, G. Das Ende des Gesetzes: Paulusstudien. München: Kaiser Verlag, 1952. p. 139-156.

69 VIELHAUER, P. Erlöser im Neuen Testament. In: RGG, II. p. 379-381.

70 BRADENBURGER, E. Adam und Christus: Exegetisch-religionsgeschichtliche Untersuchung zu Römer 5.12-21 (1Kor 15) 1962. Neukirchen:Vluyn,1962. p. 12-14, 68-71.

71 SABATIER, A. L"apôtre Paul. Esquisse d"une histoire de as penseé. Strasbourg: Treuttel et Wurtz, 1870.

72 MACHEN, J. G. The Origin of Paul Religion. New York: Macmillan, 1921.

73 MUNDLE, W. Das religiöse Leben des Apostels Paulus . Leipzig: 1923.

74 DODD, C. H. The Mind of Paul: (1) Psychological Approach; (2) Change and Development. In: Bulletin of the John Rayland Library , 17, 1933. p. 91-105; 18, 1934. p. 69-110.

75 FASCHER, E. Paulus. In: Pauly-Wissowa Supll. , 8, 1956. p. 431-466.

76 DAVIES, A. P. The First Christian: A Study of St. Paul and Christians Origins. New York: Farrar, Straus and Cudahy, 1957.

77 BRUNOT, A. Saint Paul et son message . Paris: Artheme Fayard, 1958.

78 SCHOEPS, H.–J. Paulus. Die Theologie des Apostels im Lichte der jüdischen Religionsgeschichtliche . Tübingen: Mohr, 1959.

79 AMIOT, F. Les idées maîtresses de saint Paul. Paris: Lectio Divina, 1959. p. 24.

80 As três etapas podem ser encontradas em: CERFAUX, L. O cristão na teologia de Paulo. São Paulo: Teológica, 2003. p. 20-22.

81 A expressão “Nova Perspectiva Sobre Paulo” (New Perspective on Paul) foi criada por J. Dunn. Ver: DUNN, J. D. G. The New Perspective on Paul. In: Bulletin of the John Ryland"s Library, 65, 1983. p. 95 -122.

82 WESTERHOLM, S. Perspectives Old and New on Paul. Grand Rapids: Eerdmans, 2004. p. 3.

83 SANDERS, E. P. Paul and the Palestinian Judaism: A Comparison of Patterns of Religion. London: SCM Press, 1977.

84 STENDAHL, K. The Apostle Paul and the Introspective Conscience of the West. In: MEEKS, W. A. (ed.). The Writings of St. Paul. New York: W. W. Norton and Company, 1972, p. 426.

85 WEBER, F. System der altsynagogalen palastinensischen Theologie . Leipzig: Dorffling and Franke, 1880.

86 SANDERS, E. P. Paul and Palestinian Judaism: A Comparison of Patterns of Religion . Minneapolis: Fortress Press, 1977. p. 39,42-47.

87 MONTEFIORE, C. G. Rabbinic Literature and Gospel Teachings . London: Macmillan, 1930.

88 SANDERS, E. P. Paul and Palestinian Judaism: A Comparison of Patterns of Religion. Minneapolis: Fortress Press, 1977. p. 422. Na obra, o autor enumera sete aspectos

89 Idem. Judaism: Practice and belief 63 BCE-66 CE. London: SCM, 1992. p. 262.

90 SANDERS, E. P. Paul, the Law and the Jewish People. Philadelphia: Fortress, 1983.

91 DUNN , J D G, Jesus, Paul and the Law: Studies in Mark and Galatians. London: SCM, 1990. p. 27.

92 SANDERS, E. P. Paul and Palestinian Judaism . Philadelphia: Fortress, 1977. p. 43.

93 STENDAHL, K. The Apostle Paul and the Introspective Conscience of the West. In: STENDAHL, K. Paul Among Jews and Gentiles and Other Essays. London: SCM, 1976. p 86.

94 WRIGHT, N. T. hat Saint Paul Really Said . Oxford: Lion, 1997. p. 119.

95 Na obra CAMPBELL, W. S. The New Perspective on Paul: Review Article. ExpT 114.11 (2003). p. 383-86, Campbell resenhou os artigos de Seyoon Kim [Paul and the New Perspective], Michael B. Thompson [The New Perspective on Paul] e Simon J. Gathercole [Where is the Boasting?]), o autor ainda escreveu o importante artigo: CAMPBELL, D. A. The DIAQHKH from Durham: Professor Dunn"s The Theology of Paul the Apostle. JSNT 72 (1998). p. 91-111 e a obra CAMPBELL, W. S. Paul's Gospel in an Intercultural Context: Jew and Gentile in the Letter to the Romans. Frankfurt: Peter Lang, 1991. Nos seus textos, Campbell refuta as intervenções em favor dos antigos consensos sobre Paulo.

96 CAMPBELL, W. S. Paul and the Creation of Christian Identity. Edinburgh: T and T Clark International, 2008.

97 ESKOLA, T. Theodicy and Predestination in Pauline Soteriology. In: WUNT 2.100. Tübingen: Mohr and Siebeck, 1998.

98 CARSON, D. A.; O"BRIEN, P.; and SEIFRID, M. A. (ed.). Justification and Variegated Nomism. Grand Rapids: Baker, 2004.

99 BIRD, M. F. When the Dust Finally Settles: Reaching a Post New Perspective Perspective. In: Criswell Theological Review 2.2, 2005. p. 57-69.

100 BIRD, M. F. Justification as Forensic Declaration and Covenant Membership: A Via Media between Reformed and Revisionist Readings of Paul. In: Tyndale Bulletin 57.1, 2006. p. 109-130.

101 BYRNE, B. Interpreting Romans Theologically in a Post-"New Perspective" Perspective,” HTR 94, 2001. p. 227-241.

102 MURPHY-O'CONNOR, J. St. Paul"s Corinth: Texts and Archeology , Good News Studies Wilmington: Michael Glazier, 1983.

103 Idem. St. Paul's Ephesus: Texts and Archaeology. Collegeville: Liturgical Press, 2008.

104 Idem . Paul: A Critical Life. New York: Oxford University Press, 1996.

105 MURPHY-O'CONNOR, J. Paul the Letter-Writer: His World, His Options, His Skills. Collegeville: Liturgical Press, 1995.

106 PORTER, S. E. Paul's World. Boston: Brill, 2008.

107 KIM, Y. S. Christ's Body in Corinth: The Politics of a Metaphor. Minneapolis: Fortress Press, 2008.

108 SAMPLEY, J. P. and LAMPE, P. (ed.). Paul and Rhetoric . Edinburgh: T and T Clark International, 2008.

109 AEJMELAUS, Lars and MUSTAKALIO, Antti (ed.). Nordic Paul: Finnish Approaches to Pauline Theology . Edinburgh: T and T Clark, 2008.

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